terça-feira, 4 de janeiro de 2011

O amuleto

James Lassiter tinha quarenta anos de idade, era um homem de boa estatura com uma beleza rude, estava na flor da idade e gozava da mais perfeita saúde. Em uma hora, estaria morto.

Do convés do seu barco, ele não via nada, a não ser a agitação clara e sedosa do azul, os verdes luminosos e os marrons mais profundos do grande recife que cintilavam como ilhas sob a superfície do mar de Coral. Mais ao longe, para oeste, as ondas espumantes do mar se erguiam e batiam contra a falsa costa de corais.

De onde estava, a bombordo, ele podia ver as formas e as sombras dos peixes se lançando como flechas vivas através do mundo no qual havia nascido para com eles partilhar.

A costa da Austrália já havia se perdido a distância, e só havia a imensidão.

O dia estava perfeito. O brilho da água, claro que nem o das jóias, irrompia em raios brancos de luz lançados pelo brilho dourado e repentino do sol. A sugestão provocante de uma brisa não carregava nenhum indício de chuva.
                                                             
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