quarta-feira, 5 de janeiro de 2011

A Princesa e o Plebeu

Tinha esquecido por que corria. Só sabia que não podia deter-se. Se o fazia, perderia aquela carreira em que só havia dois postos. Primeiro e último.
Distância. Seu instinto lhe dizia que seguisse correndo, que pusesse distância entre ela E... o lugar de que procedia.
Estava empapada, pois aumentava a chuva, mas já não se sobressaltava para ouvir o estalo do trovão. O brilho do relâmpago não a fazia tremer. Não era a escuridão o que a assustava. Fazia tempo que já não temia coisas tão simples como a extensão da escuridão ou a violência da tormenta. Já não recordava o que era o que temia; só sabia que tinha medo. O medo, a única emoção que compreendia, tinha enraizado e se agitava dentro dela como se não conhecesse outra coisa. Bastava para mantê-la em pé dando tombos pela sarjeta, apesar de que o corpo pedia a gritos que se tombasse em um lugar resguardado



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